O jejum intermitente como método para perda de peso há muito deixou de ser um modismo para se tornar uma modalidade séria de tratamento, reconhecida e eficaz.
Obviamente o jejum intermitente não deve ser indicado de forma generalizada e sem acompanhamento médico e nutricional. Além disso, existem inúmeras formas de restrição calórica (ex: jejum de 24h 1 vez por semana, diminuição de calorias em dias alternados, esquema 5:2, etc), mas ainda poucos estudos comparando os diversos tipos de jejum intermitente.
Esse assunto foi abordado recentemente no Congresso Europeu de Obesidade e vários pontos a respeito desse interessante assunto foram abordados. Trago aqui alguns resultados importantes:
– Janela de refeição matinal (comer das 08h às 15h) foi melhor para perda de peso, diminuição da resistência à insulina, melhora da imunidade e microbiota intestinal em comparação a janela de refeição de meio de dia (comer das 11h às 19h).
– “Pular” o café da manhã não teve vantagem ao compararmos com 3 refeições ao dia, pelo contrário, um dos estudos mostrou perda de massa muscular.
– Uma janela de refeição de 6 a 8 horas é mais eficaz do que a de 12 horas. Talvez, para algumas pessoas que tem essa possibilidade, é válido fazer um café da tarde reforçado, mais parecido com um jantar e fazer jejum até o café da manhã do dia seguinte.
– Em termos de desempenho, o jejum intermitente leva a uma perda de peso semelhante a restrição calórica convencional (consumir de 5 a 6 refeições ao dia, mas diminuindo cerca de 500 kcal ao longo das 24h ou 20% do total). A decisão de qual tipo de dieta seguir ser individual, para aquela que a pessoa melhor se adapte.
– Jejum intermitente melhorou o controle glicêmico de diabéticos, pressão arterial, reduziu estresse oxidativo, mas não mostrou benefícios em reduzir colesterol, inclusive pode elevar triglicerídeos.
Para finalizar, devemos ser cautelosos na interpretação desses dados pois eles ainda não são definitivos e estão em constante atualização.